Translate

terça-feira, 24 de junho de 2014






O texto “ O modelo dos modelos”  de Italo Calvino  e sua relação com o AEE

[...] melhor é que a mente permaneça desembaraçada, mobiliada apenas com a memória de fragmentos de experiências e de princípios subentendidos e não demonstráveis.(Calvino)

    A leitura do texto inicialmente retrata o personagem demonstrando uma relação linear do seu pensamento atrelado a um modelo cartesiano (racionalidade científica)  e em seguida uma nova forma de pensar não- linear , fundamentada na flexibilidade do pensamento , considerando também o sentimento e a intuição.
     Mas o que este novo modelo de pensamento se relaciona com o Atendimento Educacional Especializado ( AEE) ?
     O atendimento à pessoa com deficiência tem encontrado várias barreiras e entre elas está o direito a inclusão efetiva no ambiente escolar.
      Os tipos de deficiências são várias  e desdobradas em níveis de dependência e a escola muitas vezes se encontra despreparada para se adaptar ao aluno com tais especificidades.
   Contudo há possibilidades de mudança neste contexto, uma delas é o Atendimento Educacional Especializado que segundo Mantoan e Santos é:

Organizado para suprir as necessidades de acesso ao conhecimento e à participação dos alunos das escolas comuns, o Atendimento Educacional Especializado constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, embora participar desse atendimento seja decisão do aluno e/ou de seus pais/responsáveis. ( 2010, p.30)

        O aluno com deficiência encontra neste espaço situações de aprendizagem organizadas de acordo com suas aparentes dificuldades e suas potencialidades. Há uma organização de um plano de atendimento especifico para cada aluno em parceria com o coordenador ,  professores da sala comum e professor do AEE.
      Desta forma, o pensamento com relação a inclusão efetiva no ambiente escolar encontra um grande reforço  , visto que , o profissional que atua no AEE será o elo entre o professor da sala comum e o aluno com deficiência buscando facilitar a interação dos mesmos e com os demais ( família, alunos, equipe pedagógica e funcionários de apoio).
        Portanto a contribuição do profissional do AEE é de suma importância para a mudança da visão de que a deficiência é uma barreira para a aprendizagem e a possibilidade de troca de experiências e lições de vida devem ser uma grande motivação para os envolvidos neste contexto.
         Vale salientar que em um mundo globalizado que as informações chegam em tempo real em todo o planeta a pessoa com deficiência não fica alheia a informação e observa-se movimentos pelas redes sociais de atletas, escritores, entre outros, que apesar das suas limitações estão se destacando em várias áreas e exigem seus direitos e buscam ser ouvidos.

Referências:
BEHRENS, Marilda Aparecida. O paradigma e a prática pedagógica.Petrópolis, RJ: 3. ed. Vozes, 2009. p- 17-58.
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. SANTOS, Maria Terezinha Teixeira dos. Atendimento Educacional Especializado : políticas públicas e gestão dos municípios. São Paulo: Moderna, 2010 p.30
        
        

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Baixa Tecnologia : Jogo da Memória com Bandeira dos Países




1.   Título da atividade;
Jogo da Memória: Bandeiras dos Países da Copa
2.   Público a que se destina, qual transtorno, para que idade
TEA . Atividade planejada para crianças ou adolescentes
3.   Local de utilização (sala de aula, AEE, Biblioteca, laboratório de informática, etc.);
Sala de aula regular ou sala de recurso
4.   Colocar uma representação visual do recurso utilizado;

5.   Fazer uma descrição da atividade;
Levando em consideração o momento atual da Copa do Mundo, é interessante introduzir a temática para o aluno com autismo.
A atividade é um jogo da memória simples com cartões confeccionados na cartolina e com as imagens das Bandeiras dos Países participantes da Copa de 2014.
A intenção é que o aluno descubra as Bandeiras iguais e tenha alguma informação adicional sobre o País. Estas informações adicionais podem ser explicadas de forma informal pela professora ou até em forma de pesquisa, dependendo do nível interesse do aluno.
6.   Indicar quais intervenções o professor do AEE poderá realizar para efetivar o desenvolvimento do aluno, com a atividade que você selecionou.
O jogo da memória vai ser o ponto de partida para introduzir o tema  Copa do Mundo. Será levado em consideração o nível de interesse do aluno sobre o tema mas, inicialmente será enfatizado a imagem das Bandeiras dos Países participantes da Copa.
Com a atividade sugerida o aluno poderá interagir com outros colegas durante o jogo, usar estratégias de memorização para descobrir onde estão as peças iguais e desenvolver a atenção e concentração.

sábado, 26 de abril de 2014

Surdocegueira e Deficiência Múltipla



·                    No que se diferenciam a surdocegueira e a Deficiência Múltipla(DMU)
 
A pessoa surdo-cega é "aquela que tem uma perda substancial da visão e da audição, de tal forma que a combinação das duas deficiências cause extrema dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais", como consta nos documentos da I Conferência Mundial Helen Keller sobre Serviços para os Surdo-cegos Jovens e Adultos.

A deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente – sejam deficiências intelectuais, físicas ou ambas combinadas. Não existem estudos que comprovem quais são as mais recorrentes.
·                    Quais são as necessidades básicas desses alunos.
Para a psicopedagoga especialista em Educação Inclusiva, Daniela Alonso, crianças com surdo-cegueira costumam apresentar problemas na comunicação e na mobilidade. Podem, também, demonstrar reações de isolamento ou ser hiperativas.
Com relação a DMU, a orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, dependendo dos tipos e do grau de comprometimento do aluno. “Mais do que a somatória de deficiências, é preciso levar em conta que há consequências nos diversos aspectos do desenvolvimento da criança que influenciam diretamente a sua maneira de conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas”, diz.
·                    Quais estratégias são utilizadas para aquisição de comunicação
A grande dificuldade das crianças surdo-cegas está, justamente, em desenvolver um modo de aprendizado que compense a desvantagem visual e auditiva e permita o relacionamento com o mundo. Por isso, explorar as potencialidades dos sentidos remanescentes (tato, paladar e olfato) é essencial para a orientação e a percepção, tanto na escola, quanto fora dela. Tornar a escola um espaço fisicamente acessível para essas crianças mais um passo imprescindível para acolhê-las adequadamente.Como enfatiza Serpa (2002):

Nas crianças com surdocegueira e com deficiência múltipla, a COMUNCIAÇÃO é o aspecto mais importante e, por isto, deve-se focar nele toda a atenção na implementação do programa educacional/terapêutico, já que é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.

 Uma das alternativas de comunicação para os surdo-cegos pós-simbólicos consiste no sistema Tadoma, também conhecido como “Braille Tátil”. Nessa técnica a pessoa utiliza as mãos para sentir os movimentos da boca, do maxilar e a vibração da garganta do falante, e assim consegue interpretar o que é dito. Para os surdo-cegos pré-simbólicos, o uso do tato também é fundamental. Antecipar algumas sensações e permitir que sintam a forma dos objetos, associando-os a funções correlatas – a escova de dente indica um momento de higiene ou a colher anuncia que uma refeição será servida, por exemplo - facilita a orientação e propicia um conforto maior para a criança.
 Livro Adaptado
Alonso ainda aponta que  no caso de DMU , é preciso ficar atento às competências do aluno , usando estimulação sensorial e buscando formas variadas de comunicação, para identificar a maneira mais favorável de interagir com o aluno.
 Aluno sendo trabalhado com relação  a sua postura e sua coordenação motora grossa e fina, de maneira global, a fim de favorecer um melhor controle e tônus muscular


Referências
SERPA,Ximena.Comunicação para pessoa com surdocegueira.Instituto Nacional  para cegos. Bogotá , Colombia (2002).Trad. Miriam Xavier de Oliveira (2004).
Acesso em 26 de abril de 2014
Acesso em 26 de abril de 2014
Acesso em 26 de abril de 2014