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No que se diferenciam a surdocegueira e a
Deficiência Múltipla(DMU)
A pessoa surdo-cega é
"aquela que tem uma perda substancial da visão e da audição, de tal forma
que a combinação das duas deficiências cause extrema dificuldade na conquista
de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais", como consta nos
documentos da I Conferência Mundial Helen Keller sobre Serviços para os
Surdo-cegos Jovens e Adultos.
A deficiência múltipla é
a ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente – sejam deficiências
intelectuais, físicas ou ambas combinadas. Não existem estudos que comprovem
quais são as mais recorrentes.
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Quais são as necessidades básicas desses alunos.
Para a psicopedagoga
especialista em Educação Inclusiva, Daniela Alonso, crianças com surdo-cegueira
costumam apresentar problemas na comunicação e na mobilidade. Podem, também,
demonstrar reações de isolamento ou ser hiperativas.
Com relação a DMU, a
orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, dependendo dos tipos e do
grau de comprometimento do aluno. “Mais do que a somatória de deficiências, é
preciso levar em conta que há consequências nos diversos aspectos do
desenvolvimento da criança que influenciam diretamente a sua maneira de conhecer
o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas”, diz.
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Quais estratégias são utilizadas para aquisição
de comunicação
A grande dificuldade das
crianças surdo-cegas está, justamente, em desenvolver um modo de aprendizado
que compense a desvantagem visual e auditiva e permita o relacionamento com o
mundo. Por isso, explorar as potencialidades dos sentidos remanescentes (tato,
paladar e olfato) é essencial para a orientação e a percepção, tanto na escola,
quanto fora dela. Tornar a escola um espaço fisicamente acessível para essas
crianças mais um passo imprescindível para acolhê-las adequadamente.Como enfatiza Serpa (2002):
Nas crianças com surdocegueira e com deficiência múltipla, a COMUNCIAÇÃO é o aspecto mais importante e, por isto, deve-se focar nele toda a atenção na implementação do programa educacional/terapêutico, já que é o ponto de partida para chegar a qualquer aprendizagem.
Uma das
alternativas de comunicação para os surdo-cegos pós-simbólicos consiste no
sistema Tadoma, também conhecido como “Braille Tátil”. Nessa técnica a pessoa
utiliza as mãos para sentir os movimentos da boca, do maxilar e a vibração da
garganta do falante, e assim consegue interpretar o que é dito. Para os
surdo-cegos pré-simbólicos, o uso do tato também é fundamental. Antecipar
algumas sensações e permitir que sintam a forma dos objetos, associando-os a
funções correlatas – a escova de dente indica um momento de higiene ou a colher
anuncia que uma refeição será servida, por exemplo - facilita a orientação e
propicia um conforto maior para a criança.
Livro Adaptado
Alonso ainda aponta que no caso de DMU , é preciso ficar atento às
competências do aluno , usando estimulação sensorial e buscando formas variadas
de comunicação, para identificar a maneira mais favorável de interagir com o
aluno.
Aluno sendo trabalhado com relação a sua
postura e sua coordenação motora grossa e fina, de maneira global,
a fim de favorecer um melhor controle e tônus muscular.
Referências
SERPA,Ximena.Comunicação para pessoa com surdocegueira.Instituto Nacional para cegos. Bogotá , Colombia (2002).Trad. Miriam Xavier de Oliveira (2004).
Acesso em 26 de abril de
2014
Acesso em 26 de abril de
2014
Acesso em 26 de abril de 2014
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