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domingo, 23 de março de 2014

Surdez

Surdez
            A educação escolar das pessoas com surdez passou por vários processos  que merecem ser destacados de acordo com a ordem cronológica:
  •   Final da idade média: primeiro esboço de uma possível educação para surdos.
  •  Idade moderna: primeiros pronunciamentos sobre a instrução para pessoas surdas
  • França 1760: reconhecimento da Língua de Sinais como língua.
  •  Congresso de Milão, 1880: o oralismo passou a ser a via preferencial de comunicação entre os surdos.
  •  Brasil 1857: Criado o Instituto Nacional de Educação de Surdos, no Rio de Janeiro.
  •   Congresso Internacional de Surdos, Paris 1889:decidiu-se que o método desenvolvido seria o sistema combinado de instrução.
Ao estudarmos a história da educação dos surdos três vertentes metodológicas se destacam:
a)    Oralismo: leitura orofacial, leitura labial.
b)    Comunicação Bimodal:a fala acompanhada de sinais.
c)    Bilinguismo: reconhecimento da língua gestual visual como a língua materna e a segunda seria a língua oficial do seu país.
Atualmente ainda se discute a relevância de cada concepção pois, ainda não se chegou a um consenso sobre qual vertente seria melhor para a educação do surdo.
O importante diante das discussões está no entendimento de que o surdo possui potencialidades que precisam ser desenvolvidas e estimuladas no âmbito escolar e familiar.
A escola também tem muito a contribuir na mudança de paradigma buscando diminuir a exclusão e entender o surdo não pela sua deficiência e sim pelas suas capacidades e heterogeneidades.
Como destaca Damázio ( 2010):

Há que se pensar em uma escola que se organiza pra todos e nas quais todas as diferenças seja reconhecidas e valorizadas.
  
            Desta forma a escola deve pensar em práticas educacionais adaptativas tais como : intérpretes nas salas de aula, ensino especial substitutivo, reforço escolar, professor itinerante, LIBRAS para o ensino de Língua Portuguesa, professor do AEE de LIBRAS e em LIBRAS.
            Vale salientar que há uma diferenciação importante das três dimensões do AEE para pessoa com surdez: Atendimento Educacional Especializado de LIBRAS :O profissional que irá atuar deverá conhecer a língua com profundidade seus aspectos gramaticais, o sistema escrito, denominado Signwriting( Escrita dos Sinais) , os caminhos metodológicos para o ensino de LIBRAS no AEE, entre outros. Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS :Oferece as ideias básicas dos conhecimentos acadêmicos, disponibilizando os conteúdos conforme a estrutura próprias do currículo , contribuindo com o desenvolvimento em classe comum e a sua relação com a escola. Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Língua Portuguesa :O exemplo citado no texto é do bilinguismo contextual relacional, neste percurso ocorre a contextualização ( vai do todo textual e de seus sentidos iniciais)- descontextualização (reconhecimento das partes do texto, suas estruturas em palavras/frases, sílabas e grafemas)-recontextualização ( montagem das partes do texto ou de outros sentidos, produzindo outras palavras).
            Portanto a trajetória para uma educação inclusiva está apenas começando e cabe aos professores, dispostos em ser agentes de mudança, estudar cada vez mais e tentar contagiar o corpo docente buscando tornar os alunos surdos mais participantes da dinâmica escolar.


Referência:
DAMÁZIO. Mirlene Ferreira Macedo. Atendimento Educacional Especializado. São Paulo: Moderna, 2010